Utilizar WhatsApp para farmácias é um assunto que vem sendo discutido e fortemente questionado.
Os aplicativos de mensagem, de modo geral, fazem parte da vida de praticamente todas as pessoas. Em função disso, eles também se tornaram um canal de divulgação e vendas para várias empresas.
Ferramentas de comunicação online, especialmente o WhatsApp, estão em todos os lugares e segmentos de mercado e, ao longo do tempo, essas ferramentas foram se atualizando e criando novas funcionalidades para atender às necessidades organizacionais.
Desde 2021, o WhatsApp liberou a integração da API para empresas farmacêuticas. Mas ainda assim, há regras que devem ser seguidas por todos os usuários da plataforma.
Continue a leitura para entender sobre a proporção que as vendas por WhatsApp atingem, quais são as implicações sobre o uso do app nas farmácias e a política comercial envolvida neste contexto.
Vendas pelo WhatsApp
Há alguns anos o WhatsApp se tornou o aplicativo mais popular no Brasil. A estimativa é que existam mais de 120 milhões de usuários na plataforma.
As pessoas estão no WhatsApp, ou seja, os clientes estão no WhatsApp e, independentemente do segmento de mercado que uma empresa atua, elas precisam encontrar meios de usar essa ferramenta para alcançar o seu público.
Hoje, são disponibilizados diversos recursos que facilitam a entrada de organizações no aplicativo, o WhatsApp Business, por exemplo, foi criado para atender empresas e dispõe de funções convenientes às necessidades corporativas.
Entretanto, nem todos os tipos de negócio podem usar esse valioso meio de comunicação. A utilização do WhatsApp para farmácias ainda deve seguir políticas que regulamentam a comercialização de medicamentos.
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WhatsApp para Farmácias
Para contextualizar, é importante ressaltar que o WhatsApp se envolveu em um processo jurídico, por bloquear mais de 500 contas de farmácias em 2019.
Na ocasião, a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) representou as farmácias nesta ação contra o aplicativo, pois o número de contas bloqueadas só crescia.
Evidentemente, a impossibilidade de enviar mensagens via app prejudicou as vendas das farmácias, uma vez que o aplicativo tinha grande participação no que diz respeito a esclarecimentos de dúvidas, envio de orçamentos, etc.
A justificativa para o bloqueio das contas alegava que as práticas dos negócios farmacêuticos violavam a política de uso do WhatsApp Business.
Portanto, vamos entender o que a Política Comercial do WhatsApp diz a respeito de vendas realizadas via plataforma e as implicações com relação a esse tipo de atividade comercial atualmente.
Políticas do WhatsApp Business
Todos os termos contidos na Política Comercial do WhatsApp devem ser seriamente considerados antes de iniciar atividades comerciais pelo app.
Com isso, antes de entender especificamente sobre as considerações do WhatsApp para farmácias, devem ser observados alguns cuidados gerais no que se refere a vendas neste canal.
- Privacidade de dados: a empresa vendedora é responsável pelo fornecimento de informações que se aplicam a termos de venda, termos de privacidade e outros termos relacionados à interação com o usuário.
- Transações financeiras: o WhatsApp não se responsabiliza pelos acordos feitos com relação a pagamentos, nem por mediar conclusões de compras. Portanto, esse é um alinhamento que deve ser planejado pela empresa.
- Tributações: a determinação, coleta, retenção, declaração e envio de impostos concernentes a venda de produtos e serviços, também são de responsabilidade da empresa.
- Autorização de contato com usuário: o termo prevê que o contato realizado com os usuários da plataforma deve ser previamente autorizado pelo mesmo, bem como o fornecimento dos seus dados deve ser cedido pelo mesmo.
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Restrições de produtos farmacêuticos
Especificamente com relação à indústria farmacêutica, existem algumas premissas que englobam a comercialização de drogas recreativas, sujeitas a prescrição médica ou outras drogas.
Segundo a Política do app, “as empresas não podem vender nem promover a venda de drogas ilegais, recreativas ou sujeitas a prescrição médica”.
Na sequência, o texto apresenta uma lista de exemplos de artigos proibidos:
- drogas, incluindo maconha e produtos à base de maconha;
- acessórios para uso de drogas, como cachimbos e bongs;
- drogas sujeitas a prescrição médica.
Portanto, a venda de produtos incluídos nas duas classificações acima é proibida dentro do WhatsApp Business e caso seja praticada, estão sujeitos a intervenção em suas atividades.
Em contrapartida, o Grupo Meta reconhece que farmácias também vendem itens de cuidados pessoais, suplementos e itens de conveniência. Neste caso, é permitido comercializar produtos que se enquadram nessas categorias.
Continue lendo para descobrir os detalhes dessa regra.
Qual foi a atualização liberada pelo WhatsApp para empresas farmacêuticas
Como citado, a partir de outubro de 2022 foram liberadas algumas exceções que envolvem WhatsApp para empresas farmacêuticas — que se distinguem de farmácias como um comércio.
As seguintes verticais adicionais podem ser integradas na API para a sua utilização comercial (incluindo também o aplicativo WhatsApp Business). Se enquadram nesse contexto:
- Fabricantes farmacêuticos;
- Fabricantes de dispositivos médicos;
- Clínicas de aprimoramento e modificação corporal.
Para o atendimento via aplicativo, a Política também permite:
- Na relação entre profissionais médicos: consulta de medicamentos, solicitação de representantes, solicitação de amostra grátis, envio de convites e lembretes de eventos e conteúdos científicos.
- Na relação com o consumidor: consulta de bula, posologia, participação nos programas de medicamentos, laboratórios, dúvidas sobre medicamentos e reações adversas.
Isso permite que essas empresas farmacêuticas possam oferecer e agendar via app consultas médicas e procedimentos. No entanto, ainda não é permitido comercializar qualquer produto medicinal já destacado acima.
Resumindo: é permitido a venda de serviços, mas não de produtos — principalmente aqueles relacionados à farmácia.
Qual o cenário atual
A Meta realizou algumas alterações nas políticas de uso do WhatsApp. A partir do dia 25 de outubro de 2022, algumas verticais de uso mudaram. Veja só:
Para as farmácias e drogarias, a venda de suplementos e itens de conveniência e perfumaria foi liberada. Sendo assim, as restrições ficam apenas para a venda de medicamentos.
Com as alterações, fica permitido:
- Enviar mensagens informando status de compras, bem como recibos de produtos não farmacêuticos;
- Usar as funções comerciais do WhatsApp para vender itens de conveniência, cuidados pessoais e perfumaria;
- Tirar dúvidas e conversar com clientes sobre os produtos de conveniência, perfumaria e cuidados pessoais;
- Atualizar o status de entrega de compras que não incluam produtos farmacêuticos, como medicamentos;
- Oferecer atendimento ao cliente para assuntos que não envolvam medicamentos;
- Compartilhar receitas médicas, desde que não envolva a comercialização de medicamentos;
O Grupo Meta também reafirmou que os serviços de saúde ainda podem usar o WhatsApp para agendamento de consultas, atendimento aos pacientes, pesquisas de satisfação e cobranças.
Vale ressaltar que embora as políticas de uso do WhatsApp permitam alguns tipos de atividades comerciais, elas não sobrepõem leis nacionais.
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