A metodologia ágil faz parte do dia a dia dos profissionais Blip. A ideia é evoluir sempre as rotinas. Descubra como a Roda Ágil faz parte desse contexto, auxiliando a medir a agilidade dos nossos times!
Em nosso círculo de agilidade, trocamos experiências sobre metodologias, dores comuns aos times, impedimentos, dependências, o que deu certo, o que deu errado, enfim, trazemos nosso dia a dia e tentamos evoluir compartilhando conhecimento.
A jornada de um time ágil é sempre um tópico de conversa entre os agilistas da Blip. Um assessment trazido por um dos nossos profissionais foi a Roda Ágil. Criada pela Ana G Soares, a roda se mostrou uma excelente ferramenta para avaliar o momento de cada time e gerar insumos para a evolução dessas equipes.
Nesse post vamos compartilhar um pouco de nossa experiência com a aplicação desse assessment, mas antes disso, vamos entender um pouco melhor o que é a Roda Ágil.
O que é a roda ágil?
A roda ágil é uma ferramenta para autoavaliação de times e ela se divide em 4 aspectos baseados no Modern Agile:
- torne pessoas sensacionais;
- experimente e aprenda rápido;
- faça da segurança um pré-requisito; e
- entregue valor a todo instante.
Fazemos a aplicação pedindo que os times reflitam sobre cada item da avaliação aplicado ao dia a dia e a rotina de cada um. Os times então expõem seus sentimentos e percepções e tentamos então entrar em consenso sobre como pontuar cada item.
A média geral dessas pontuações compõem o MRA (maturidade roda ágil), um número médio que vai de 1 a 5. Sendo 1 menos maduro e 5 mais maduro. Para a sua aplicação, principalmente nesse momento que estamos de home office, utilizamos um site que gera a roda ágil automaticamente para nós.
Em Blip temos duas grandes áreas que possuem agilistas, a área de plataforma, que é responsável pela criação e evolução da plataforma Blip, e o time de Customer Success, que é responsável pela criação, gestão e evolução dos contatos inteligentes de grandes players do mercado utilizando Blip.
Como essas duas grandes áreas trabalham com processos e metodologias de maneira diferente, vamos trazer para vocês a nossa experiência de aplicação em cada uma delas.
Aplicação no time de Customer Success – Professional Service
Antes de começarmos a falar como foi a aplicação, vamos fazer um overview de como é nossa estrutura. Hoje, o nosso time de Customer Success – Professional Service é dividido em dois grandes clãs, sendo esses clãs divididos em células digitais.
Nossas células digitais são equipes multidisciplinares compostas pelos seguintes papéis: product manager, UXs Designer desenvolvedores, analistas de performance e inteligência de negócios (APIN), e analistas de interação de chatbot (AIC), além do agile master. Na aplicação da roda ágil, foi fundamental a participação de todos no processo.
Na primeira aplicação em uma de nossas células digitais, tivemos uma experiência muito rica com as discussões levantadas para o entendimento dos pontos.
As divergências foram discutidas e em alguns itens usamos baralho de planning poker para facilitar a pontuação. Com todo o levantamento, chegamos aos itens de menor pontuação que acabaram se tornando o core do plano de ação criado para evolução do time.
Chegamos também ao MRA, o número que nos fala sobre a maturidade ágil de momento do time. 3 meses depois voltamos a aplicar a roda ágil na mesma célula e para surpresa do time, nosso MRA tinha caído 1 ponto.
Todos ficaram se perguntando o que tinha acontecido, tínhamos seguido nosso plano e evoluído os pontos, não poderíamos ter perdido pontuação. O que não foi percebido nesse primeiro momento foi a maturidade do entendimento do que de fato todos aqueles itens da roda significam.
Tivemos na segunda aplicação um entendimento muito maior do que é agilidade, de como o time de fato estava se colocando, do momento que estava vivendo. A evolução da discussão acabou valendo muito mais que a própria pontuação dada pelo time.
Aplicação no time de Plataforma
Com a ideia inicial de medir a maturidade e saúde dos times, que hoje é inspirada no modelo spotify de squads, unificamos três modelos de dinâmicas, são eles:
- Modelo de maturidade por faixas (Livro de Toyota Kata: Gerenciando Pessoas para Melhoria, Adaptabilidade e Resultados Excepcionais). Onde definimos um propósito, reconhecemos a situação atual, definimos ações para alcançar um objetivo e evoluímos. E sistemas de faixas;
- Os 4 domínios da agilidade através do assessment roda ágil junto de uma análise do time como o time se vê dentro dos níveis descritos pelas faixas do modelo de maturidade;
- Agile Health check / Squad health check Model (Health Check Team). eBook Squad Health Check in Practice.
Assim chegamos no seguinte modelo de avaliação:
Em cada um dos quadrantes da Roda Ágil, consideramos 5 itens a serem avaliados conforme Health check e descrevemos níveis de evolução conforme o Toyota Kata. Exemplo: No Quadrante de pessoas sensacionais no item
Os times se auto avaliam nos níveis que melhor se identificam, considerando o domínio consolidado daquele nível de maturidade em cada item. Não só na ideia de expor a maturidade de ritos, papéis e artefatos dentro e fora dos times, mas também para avaliação de clima, cooperação e skills dos times.
Após nossas dinâmicas e expondo exemplos de situações para a discussão de ações, já temos um desenho que como os times podem construir essas evolução de maturidade desses quesitos. Dando visibilidade do que é esperado, transparência de como eles se veem e construindo em conjunto ações para a conquista desses marcos.
Lógico com a pandemia isso se tornou um desafio, mas estamos unidos para o desenvolvimento dessas dinâmicas para torná-las leves e entendíveis para que todos busquem esse desenvolvimento individual e de time, onde cada um entende seu valor e a importância de sua colaboração. procura a gente!
Evolução da Roda ágil para Roda Blip
Consolidando os resultados e feedbacks que recebemos dos nossos times nos quais foi aplicada a roda ágil, nós, do capítulo de agilidade, chegamos a conclusão de que o próximo passo seria customizar a roda ágil para um contexto mais aderente à realidade de Blip, unindo maturidade ágil, pensamento sistêmico, cultura e mindset de produto.
Está nascendo assim, a Roda Take! Quando finalizarmos e rodarmos os pilotos dessas adaptações, compartilharemos com vocês como foi o todo o processo!
Gostou de saber um pouco mais sobre roda ágil e como aplicamos por aqui? Continue no nosso blog e confira: Como é trabalhar em Blip? Tudo o que você queria saber!
Este texto foi escrito por André Dutra, Daniela Marra e Phillipe Ratton – Agilistas em Blip.