Como garantir que um evento reconhecido pelas experiências que traz ao público ofereça esse diferencial também na internet? E quando esse evento é um dos maiores festivais de música do mundo, com um nome que carrega o peso de uma história extremamente bem-sucedida?
Esse foi o cenário que a Blip encontrou ao desenvolver o Roque, um chatbot de engajamento para o Rock in Rio.
Em parceria com a agência Outra Coisa, fomos responsáveis por criar um chatbot para a edição 2017 do evento, que aconteceu ao longo de sete dias na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro. Foi a primeira vez que o festival, que chegou à sua 17ª edição neste ano, contou com uma ferramenta de interação desse tipo.
A aposta nessa nova maneira de fazer contato com o público se provou um acerto:
- 77 mil usuários ativos interagiram com o chatbot;
- quase 3 milhões de mensagens trafegadas!
Neste post, mostramos como uma ideia inovadora trabalhada por uma equipe engajada chegou a esses resultados. Confira!
O processo de criação do Roque
Durante o processo de criação, foi definido aquele que seria o principal objetivo do chatbot no Rock in Rio: tornar essa ferramenta algo realmente importante para o festival.
O conhecimento da Blip — que está há mais de 20 anos no mercado e é responsável por chatbots que circulam mais de um bilhão de mensagens diariamente — foi fundamental para tornar essa vontade uma realidade.
Em pouco mais de um mês, a equipe envolvida no projeto conseguiu criar o Roque, capaz de se comunicar com o público por meio do Facebook Messenger. Tanto a construção quanto a gestão foram feitas com a plataforma Blip, que garantiu a robustez necessária.
Por se tratar de um dos maiores festivais do mundo, era necessário ter a garantia de que o serviço estaria sempre disponível e que daria conta de atender o público, dividido entre os que assistiram aos shows no local e os que acompanharam o evento de casa. Na Cidade do Rock, foram 700 mil pessoas presentes nos sete dias de evento.
O que o Roque ofereceu ao público do festival?
O Roque foi criado para ser um chatbot de engajamento, ou seja, ele tinha o objetivo de enviar informações e oferecer serviços que dessem apoio ao público, interessantes tanto para quem estivesse na Cidade do Rock quanto para quem estava em casa e, além de tudo isso, divertir o usuário.
Assim, os serviços podem ser divididos em três tipos:
1. Informação
Antes e durante o evento, o Roque podia ser consultado para saber qualquer informação ligada ao Rock in Rio — onde retirar ingressos, como acessar o evento, em qual horário e em qual palco tal show aconteceria, entre outras. Era importante que a ferramenta estivesse disponível e fosse uma opção de consulta real para o público.
2. Experiência
O Rock in Rio oferece muito mais do que shows de grandes nomes do rock, pop, eletrônico e diferentes gêneros musicais. O festival é uma verdadeira experiência, e o Roque também destacava isso.
Por meio dele, era possível acessar um guia dos brinquedos que estariam disponíveis e das opções de alimentação oferecidas.
3. Desafios
Além disso, como opção de divertimento, foram desenvolvidos desafios relacionados aos artistas que se apresentaram no festival. O usuário podia se engajar em missões e quizzes para encontrar instrumentos e acessórios perdidos pelos músicos, sendo recompensado por isso.
Quem estava na Cidade do Rock também podia criar um vídeo personalizado, que era disponibilizado no chatbot — ou seja, o que não faltou foi experiência!
O chatbot é um sistema vivo
O chatbot de um evento é um sistema vivo. É impossível prever o que pode acontecer, e essa é uma das grandes vantagens desse tipo de ferramenta: ela também é viva e pode sofrer qualquer alteração em tempo real. O Roque passou por mudanças do primeiro até o último dia de Rock in Rio.
Algumas faziam parte da natureza de um chatbot. Por se tratar de uma ferramenta que envolve conversa, é natural que ela evolua e melhore com o passar do tempo. Outras alterações entraram na lista de imprevisibilidades de um festival, principalmente de um com as proporções do Rock in Rio.
Quando a cantora Lady Gaga, atração principal do primeiro dia e uma das mais esperadas, cancelou sua apresentação na véspera do show, o Roque estava ali. Pronto para dar apoio aos fãs, nosso chatbot ajudou o público com informações sobre reembolso de ingressos e atualizações sobre o novo lineup.
O trabalho in loco
Um diferencial que tornou o chatbot no Rock in Rio uma experiência ainda mais eficaz foi o fato de uma equipe da Blip acompanhar o festival diretamente da Cidade do Rock. Muita coisa acontece e surge na hora, no local, e o fato de estar lá fez com que o processo de ajudar e servir o público ficasse ainda mais ágil.
Isso foi fundamental para a divulgação de setlists, uma das maiores curiosidades de quem vai aos shows. A equipe tinha acesso ao repertório que o artista ia tocar minutos antes, e o Roque compartilhava com os usuários.
Reduzir problemas de logística também foi um diferencial possível do Roque. Sair de um local em qualquer evento de grande porte é um desafio. Atenta a isso, a organização programou shows que aconteciam após o fim da performance da atração principal.
Por meio de notificações push, o Roque informava que, quem quisesse esperar o fluxo diminuir, poderia fazer isso curtindo mais música ao vivo.
Essa estratégia também foi usada para minimizar outro grande problema em festivais: a fila para usar o banheiro. Com apoio da organização, o chatbot enviava notificações informando os banheiros que estavam mais vazios, facilitando a vida de quem estava lá.
A única coisa que o frequentador precisava para receber os alertas era ter o Facebook Messenger no celular e estar conectado a uma rede wi-fi ou com o serviço de dados ativo.
Desafios e as lições do chatbot no Rock in Rio
Um dos grandes desafios de criar e gerenciar um chatbot no Rock in Rio foi o curto prazo para alinhar a visão e a expectativa de todos os envolvidos para desenvolver algo que fosse realmente relevante.
Mais uma vez, os números mostram que a missão foi cumprida: em um único dia o Roque interagiu com 10 mil usuários diferentes. Considerando que o público estimado por dia do festival foi de 100 mil pessoas, isso significa que 10% dele estava em contato com o chatbot.
O Roque foi um dos maiores projetos e o maior chatbot de engajamento da Blip. O resultado fez a empresa repensar ferramentas que podiam ser melhoradas para atender especificamente esse tipo de serviço — avanços que, inclusive, já foram colocados em prática.
O Rock in Rio é um festival de experiências, e era fundamental que o Roque se tornasse uma delas. A adesão provou que isso aconteceu e ainda mostrou que o público tem interesse em formas instantâneas e práticas de se comunicar em grandes eventos — e para fechar com chave de ouro, o bot foi considerado uma das 10 melhores ações de marketing de 2017 pela Mundo do Marketing.
Gostou do nosso post sobre chatbot no Rock In Rio? Quer saber sobre com um chatbot pode ajudar o seu negócio? Entre em contato com a gente!