Já percebeu como os emojis estão em alta?
Se antes incluíamos nossos rostos sorridentes ou corações no chat do Google Meet, agora temos um menu com diversas opções para reagir a um comentário em uma reunião. Lembra quando ainda mandávamos, no WhatsApp, um joinha gigante como resposta, e hoje podemos adicioná-lo à mensagem que recebemos?
Os emojis são parte fundamental da comunicação atual, e as grandes plataformas investem cada vez mais no seu uso.
A Blip também tem muitos emojis. Nas jornadas que escrevemos para apoiar as pessoas usuárias a criar um contato inteligente ou nos fluxos conversacionais desenvolvidos para alguns de nossos principais clientes, carinhas sorridentes e tristes, corações, robôs, fogos de artifício e tantos outros recursos visuais apoiam e complementam nossas conversas.
Boas práticas no uso de emojis
Todos nós usamos emojis de forma intuitiva, mas sabemos o que fazer e o que não fazer ao incluí-los em nossos textos conversacionais ou de produto, especialmente quando o assunto é acessibilidade? Pensando nisso, o time de Content Design da Blip preparou um guia para você não errar na mão ao adotar esse recurso tão importante. Vamos lá? 🏁
Não use emojis para substituir palavras
Emojis são ótimos para complementar, mas não para substituir. As palavras ainda são o nosso principal meio de comunicação. Considere os exemplos a seguir:
Já 👂 essa música?
Fique de 👀
Por mais que muitos possam captar as mensagens, uma pessoa que esteja usando um leitor de telas vai ouvir algo como “Já ‘orelha’ essa música?” ou “Fique de ‘olhos'”. Embora em alguns casos o nome do emoji possa ser exatamente a palavra que você usaria, usar esse tipo de recurso é arriscado em termos de acessibilidade e ainda gera um esforço cognitivo desnecessário.
Use emojis no final de uma frase e sempre após a pontuação
Emojis no meio de frases poluem o texto e acabam atrapalhando quem usa leitores de tela. Por exemplo:
Feliz aniversário, blipper 🎉, hoje a festa é sua!
Um leitor de telas leria essa frase assim: “Feliz aniversário, blipper ‘lança confetes’, hoje a festa é sua!”. Ao colocar o emoji ao final da frase, ele não concorre com a mensagem principal e a complementa de forma natural.
É sempre aconselhável usá-los apenas após a pontuação (se houver), justamente para reforçar a ideia de complementariedade. Isso também é muito importante no caso de um ponto de interrogação. Por exemplo:
Vamos lá 🙂?
Nessa construção, o leitor de telas pode colocar a entonação da pergunta em “rosto levemente sorridente”, criando uma confusão para a pessoa usuária.
Evite repetir emojis em sequência, especialmente se forem iguais
Essa dica é muito importante para acessibilidade. Ao usarmos muitos emojis, o leitor de telas vai ler cada um deles. Se forem iguais, então, vai se tornar bem cansativo.
Use emojis com a cor padrão amarelo para evitar problemas de contraste
Emojis claros tendem a não funcionar bem em fundos claros, assim como os escuros não se adaptam bem ao dark mode, por exemplo. Prefira emojis amarelos, que costumam ser o padrão.
Não use emoticons
Leitores de tela não conseguem compreender emoticons. Por exemplo:
Seu cadastro foi concluído 🙂
Algumas ferramentas podem ler a frase da seguinte forma: “Seu cadastro foi concluído ‘dois pontos fecha parêntesis'”.
Evite emojis que podem ter mais de um sentido
Nem todo emoji tem o mesmo significado em todos os contextos. Por isso, na hora de usá-los, é fundamental garantir que o público alvo não fique na dúvida. Se estiver inseguro, é bom evitar.
Por exemplo: o emoji 👌. Se você usar um leitor de telas, vai entender que se trata de um sinal de ok. Porém, ele passou a integrar uma lista de símbolos de ódio após ser apropriado por grupos extremistas que defendem a supremacia branca. Considerando o duplo sentido, é muito importante que o contexto faça sentido e não abra margem para dúvidas.
Fique atento ao contexto cultural
Um emoji pode ter significados diferentes para um brasileiro e um estrangeiro, por exemplo. No exemplo que citamos anteriormente, o emoji 👌 tem o significado de ok em países de língua inglesa nativa. Mas, no Brasil, esse símbolo pode ter conotação sexual e pejorativa.
Outro exemplo interessante é o uso do emoji 🙂. Para pessoas mais velhas, ele costuma estar associado a algo positivo, sendo apenas um sorriso literal. Muitos jovens, porém, usam esse emoji para avisar de que a frase escrita é irônica.
Teste frases com emoji usando um leitor de telas
Uma ótima forma de saber se o uso de emojis está acessível é passar seus textos por uma ferramenta de leitura de telas. Grande parte dos sistemas operacionais tem ferramentas nativas. Há, ainda, variação na forma como cada leitor de tela lê um emoji.
Para saber mais:
11 Emoji Tips to Save Your Texts
