Ao digitar experiência do usuário no Google, é possível encontrar descrições que vão do profissional mais requisitado no mercado atual ao novo apelido de design de serviço.
Nada disso é errôneo, mas até onde alcançam as habilidades de um UX (abreviação para User Experience)? Este profissional é aquela pessoa que está com a atenção voltada a quem irá utilizar o produto ou serviço final, sem jamais se esquecer do valor entregue aos diferentes stakeholders envolvidos nesta equação.
Seus processos vão de pesquisa, passando por design, gestalt, arquitetura da informação até o design da interface e o planejamento da interação.
Os benefícios ao ter um especialista em experiência do usuário
Ter uma pessoa especialista em experiência do usuário aplicada a um negócio é estar focada em uma alta entrega de valor, alinhada à visão de evolução do produto, custo e esforço da equipe.
O UXD – ou UX Design – prevê a usabilidade, a experiência que alguém vai ter ao utilizar um produto, tentando sempre minimizar impactos negativos ou que dificultem seu processo. Estes processos podem ser de compra, construção ou solicitação de um serviço.
Para pensar em toda esta jornada, muitas vezes é construído um time inteiro focado no design da experiência. Estes profissionais podem ser researchers, writers, visuals, interaction e muitos outros títulos de designers.
Um exemplo na prática
Aqui na Take, mais especificamente no Blip, cada squad multidisciplinar que cuida de uma das frentes da plataforma possui o seu product designer. Nós somos as pessoas imersas no processo de discovery, onde levantamos dores e problemas. Conseguimos ampliar um leque de hipóteses e possíveis soluções.
Depois, priorizamos, prototipamos e fazemos roteiros de estudos e testes com os nossos usuários. Além disso, o processo ainda envolve uma entrega robusta contendo indicadores de sucesso, métricas de usabilidade e tudo é alinhado e descrito para os profissionais que irão desenvolver à seguir.
Todos estes passos só são viáveis em profundidade porque hoje contamos com uma equipe cross de profissionais variados dentro de experiência, usabilidade e design de interação, conforme os que citei previamente.
Ao fim de uma entrega, que chamamos de hand-off, acompanhamos de perto o desenvolvimento e os micro momentos da interação. Este acompanhamento nos permite analisar quantitativamente a performance daquilo que foi desenvolvido.
Os pontos de evolução em uma equipe de UX
É importante ressaltar que passamos por uma jornada de crescimento e amadurecimento dos nossos processos e do próprio time de design.
Houve um ponto onde tínhamos uma ou duas pessoas focadas em interface e experiência e nosso produto também foi amadurecendo neste cenários. Aprendemos que, quanto mais cedo uma empresa ou negócio considera planejar e estruturar toda a jornada da experiência de seus usuários, mais rápido podemos aprender com quem realmente usa nossa ferramenta. De forma ágil, conseguimos descartar aqueles “achismos” que por muitas vezes mostram-se inúteis aos nossos clientes.
Diferente dos métodos cascata de desenvolvimento de um produto, não queremos planejar um roadmap gigantesco e gastar recursos preciosos no desenvolvimento de funcionalidades.
O que queremos é prever, testar e validar ou refutar tudo o que achamos saber sobre o comportamento humano, para evoluir assertivamente. Uma pessoa de experiência do usuário é uma carta coringa neste processo.
Às vezes, imaginamos que este papel é muito distante de nossa realidade. Como uma pessoa formada em design de produto, gosto de falar que aprendi a desenhar móveis e eletrodomésticos, mas, quando descobri os produtos digitais, entendo que todo planejamento ergonômico e de experiência de uma cadeira decorativa, poderiam ser aplicadas à apps, sites, chatbots e design de serviço.
Quem não gosta de ser atendido sem ter que esperar, resolver um problema rápido e sem muito esforço? Dar estas facilidades diárias às pessoas que utilizam nossos produtos e serviços é uma forma de respeitar seu precioso tempo e dar uma experiência prazerosa e sem atrito, mesmo diante de solicitações corriqueiras ou de dor de cabeça.