Marcamos presença no Microsoft Build 2019! Confira os aprendizados e curiosidades dessa experiência neste post do nosso Dev, André Bires.
Seattle é conhecida como Cloud City, não só por chover quase todos os dias mas também por ser a sede das duas maiores empresas de cloud computing: Microsoft e Amazon. E da Starbucks, que apesar de não ser uma empresa de tecnologia, deu sua contribuição ao produzir o combustível preferido de muitos desenvolvedores.
Estive lá no início de maio para representar a Take no Microsoft Build 2019, o evento anual da empresa do Tio Bill Satya Nadella, onde são apresentadas as novidades da plataforma Azure, Microsoft 365, Windows, Xbox, Github, LinkedIn e demais produtos desenvolvidos pela empresa.
O evento aconteceu entre os dias 6 e 8 de maio no Washington State Convention Center que fica no centro de Seattle. No dia 5 (domingo) o espaço estava aberto para credenciamento. Fui lá neste dia buscar minha credencial e a camisa do evento.
Na segunda de manhã, tive uma boa surpresa: havia um café da manhã oferecido pela Microsoft aos participantes do Build no hotel em que estava hospedado. O mesmo se repetiu nos demais dias do evento.
Chegando no Microsoft Build 2019
Cheguei ao local do evento às 08h para o primeiro compromisso do dia: a final da Imagine Cup, uma competição mundial de estudantes que aplicam tecnologia de forma a impactar a sociedade de alguma forma.
Os três finalistas fizeram seu pitch para os jurados que escolheram o projeto vencedor: um aplicativo que escaneia a retina dos usuários (com ajuda de uma lente auxiliar) para medir o nível de açúcar no sangue, uma alternativa a outros métodos mais invasivos que pode ajudar pessoas com diabetes e outras condições associadas.
Depois da premiação, o palco principal estava preparado para uma demo do Hololens, o óculos de realidade aumentada da Microsoft. A ideia era fazer a recriação da missão espacial Apollo 11, só que no momento da demonstração, alguma coisa deu errado e os apresentadores tiveram que abortar.
Constrangido, um deles disse que “aparentemente é mais fácil pousar na lua do que fazer uma demo ao vivo” — e a Microsoft posteriormente disponibilizou um vídeo do que deveria ter sido a demo.
Em seguida, com a área principal do evento já tomada pela imprensa, iniciou-se a keynote do Satya, em que ele apresentou uma visão geral do que a empresa está fazendo e trouxe as novidades de cada área da empresa, passando por Microsoft Teams, Cortana, Edge, Office, Hololens (sem problemas na demo desta vez), Minecraft, Windows e Azure.
Esta foi uma das poucas sessões de todo o evento que não era técnica, mas sim voltada para a imprensa e o mercado.
Ao fim da keynote, o evento se dividiu para acompanhar duas keynotes técnicas que aconteceram simultaneamente: uma voltada para Azure e outra voltada para Office 365.
Acompanhei a primeira, onde os Scotts — Guthrie (com sua famosa camisa vermelha) e Hanselman — apresentaram novidades e demos da plataforma.
A partir daí, foram várias e várias sessões, do roadmap do .NET e as novidades do C# 8+ a Kubernetes, Event Hubs e diversas outras mais nos três dias que restaram do evento.
Novidades no Windows
Uma novidade apresentada em uma sessão que vale a pena destacar é que o Windows virá em breve com um kernel Linux embarcado para suportar a nova versão do WSL (Windows Subsystem for Linux), que permite a execução de binários nativos Linux dentro do Windows.
Hoje, o WSL funciona apenas como uma camada de tradução entre a API do Windows e Linux, mas isso faz com que aconteçam vários problemas de compatibilidade e performance. Com um kernel Linux “real”, todos estes problemas se encerram.
Fora as sessões, havia stands espalhados nos pavilhões do centro de conferência onde era possível encontrar e conversar com os profissionais dos times da Microsoft. Era o momento de tirar aquela dúvida, conhecer sobre novas funcionalidades e de dar o feedback sobre o produto.
Para mim, foi a melhor parte do evento, já que muitos dos profissionais que tive oportunidade de conversar já eram conhecidos da internet e de blogs técnicos.
Conversei, por exemplo, com Mads Torgersen, lead designer do C#, e David Fowler que trabalha no desenvolvimento do ASP.NET.
Curiosidades
As refeições eram servidas em vários pontos distribuídos no centro de conferências, de manhã, no almoço (que era mais reforçado) e à tarde. E o café (Starbucks, por sinal) era liberado e farto.
Havia alguns lugares para descansar, sendo um com vários cãezinhos que os participantes podiam brincar e relaxar.
Por fim, no último dia, tive a oportunidade de conhecer o campus da Microsoft em Redmond, que fica a poucos quilômetros do centro de Seattle. A visita foi uma cortesia dada aos profissionais que representavam empresas parceiras da Microsoft na América Latina.
Foi uma viagem de grandes aprendizados e oportunidades, e agradeço à Take por possibilitar isso!
André Bires
Analista de Sistemas na Take