Você sabe o que é Kaizen? Essa palavra vem aparecendo constantemente, porém algumas pessoas não sabem o seu significado. Nas últimas publicações abordamos sobre os fundamentos de um time ágil, autoavaliação, e níveis de maturidade. Esses conteúdos dão uma provinha do assunto, mas hoje iremos aprofundar no tema. Vamos lá?
Afinal, o que é o Kaizen?
Melhoria contínua, uma jornada que visa aprimorar produtos, projetos, processos e serviços de maneira rotineira e repetitiva, que possibilita a criação de times de alta performance, redução de custos, melhoria da qualidade e inovações.
Esta filosofia vem sendo muito falada na agilidade, como por exemplo: em sua representatividade no “Modern Agile”, no valor “Experimente e aprenda rápido”, assim nós melhoramos sempre, fazendo experimentações contínuas.
É importante destacar que a melhoria contínua não é recente, ela surgiu após a Segunda Guerra Mundial no Japão, década de 50, junto com a necessidade que a Toyota teve de mudar a cultura em suas fábricas. Nesse contexto, surgiu o Kaizen que é um termo japonês que significa mudança para melhor.
Desta maneira, a prática tem sido cada vez mais adotado não somente em times ágeis, mas também em diversas áreas das organizações.
O propósito é realizar adaptações e inspeções constantes, na qual todas as pessoas fazem autoavaliações, análises e propostas, com intuito de trazer melhorias para empresa, equipe e desempenho individual, a fim de proporcionar uma evolução constante.
O Kaizen se tornou uma das práticas centrais por trás da produção Lean nos EUA e, mais tarde, na gestão Lean. O Lean consegue nos mostrar a diferença entre atividades criadoras de valor e desperdício, e entre seus princípios estão:
- aproveitamento de conhecimento e da criatividade de cada membro da equipe;
- entregas pequenas;
- ciclos de entregas e interações menores;
- medição e revisão.
Até onde a estabilidade pode ajudar na melhoria contínua?
O alicerce da estabilidade compreende a iniciativa Lean de buscar e tornar os processos mais confiáveis e previsíveis, de forma que eles atendam às expectativas.
No modelo Kaizen são considerados níveis alinhados com o time para proporcionar uma estabilidade, ainda mantendo uma margem para compensar imprevistos. Deste modo, temos que considerar para este alicerce uma atuação nos 3M’s, sendo eles:
- MUDA: eliminar desperdícios, ou seja, podemos dizer que seria o consumo de recursos sem criar valor para o cliente;
- MURA: excesso de variações, seja em processos ou escopos, merecem um olhar crítico a fim de proporcionar um ganho de performance ao time, precisamos de alterações que agreguem valor e que o time faça parte dessas decisões;
- MURI: sobrecarga, sejam elas físicas ou mentais. Atuar de maneira produtiva não significa extrair mais que o possível da sua equipe, o resultado disso não trará qualidade, e você terá perdido tempo e recursos. Desta forma, utilizar o adequadamente o esforço humano nas empresas é o caminho para contar com entregas de qualidade.
Quando bem implementada o alicerce da estabilidade, confere ao time o suporte necessário para a sua melhoria continua, ganhando confiabilidade em seus processos, serviços e projetos.
Depois de tudo isso, como aplicar o Kaizen?
Bom, já entendemos que melhorar é essencial e que é importante ter uma certa estabilidade para garantir que a evolução aconteça de forma efetiva. Mas como descobrir o que o time precisa evoluir?
Comentamos no post de autoavaliação sobre assessments e dinâmicas que utilizamos em nossos times, como retrospectivas, roda ágil, team barometer.
Essas dinâmicas ajudam a identificar quais são as dores que o time enxerga, mas elas não podem ser apenas um momento de desabafo, ou pior, um UFC (Ultimate Fighting Championship), no qual não existe vencedor.
Se seu time realiza esse tipo de dinâmica e não sabe falar o que evoluiu no último período, você não está melhorando continuamente.
O primeiro passo para melhorar continuamente é conversar com o time para que eles se sintam confortáveis em falar sobre o que é necessário melhorar. Mostrar que não queremos apontar dedos, e sim evoluir em conjunto. Dar essa liberdade de fala é fundamental para criar um ambiente seguro para todos.
Fora isso, é necessário que nesses momentos apareçam planos de ações para que a dinâmica não seja esquecida no decorrer do trabalho. Geralmente colocamos responsáveis, e deixamos que, de forma autônoma, eles atuem para que o time possa evoluir. Entre uma aplicação e outra, é importante voltar nas ações anteriores e verificar se está acontecendo ou não.
Por último, mas não menos importante, seja o exemplo em melhoria contínua. As pessoas do time se espelham nos líderes, então reconheça os erros e trabalhe para evoluir. Isso motivará quem está perto de você a realizar o mesmo.
Agora que você aprendeu mais sobre Kaizen, o que você acha de colocar em prática e evoluir constantemente?! Continue no nosso blog e confira como transmitimos os valores Blip para os nossos clientes!
Esse texto foi escrito por Felipe Consentino e Gabriel Campos, Agilistas da Take.